terça-feira, 24 de novembro de 2009

AcTuARTE na FLUL, dia 11 de Dezembro. Participa!


Querendo romper as barreiras normalmente estabelecidas entre o público e a Arte, o projecto AcTuARTE pretende inovar o conceito de exposição, já que é o próprio público quem vai criar a arte que depois será exposta. Telas, cadernos e painéis ainda em branco , bem como materiais de escrita e pintura serão colocados no Bar Novo para que os alunos, professores e funcionários da Faculdade de Letras deêm "asas"à sua imaginação.
Participa com a TUA ARTE!
Esperamos por ti!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

"Sou"

Sou parte do Início
Tu, o presente e o fim
Incontornáveis...
Sou quem te segue os passos,
As palavras e os gestos
Tu, quem me guia
todos os dias,
Cada momento de mim...

És um caminho de pedras soltas, num solo firme
Eu, uma encruzilhada de pensamentos
Tu, pés gastos e sujos de saber
Eu, linhas de pele que falam por si

Somos uma ponte
Entre dois estranhos mundos

Mundos?...Cada vez mais um só!



Safira

segunda-feira, 2 de junho de 2008

"Queda, Queima..."


Medos
Medo de andar em frente
De partir à aventura
De explorar
De viver no limite
E cair...

Ir caindo
Inconscientes de nós
Indiferente a mim
Deixar-me cair
Até me perder no abismo

Infinita Queda...

A meio caminho
Acordo
Tomo percepção do que faço
Sinto dor
Pedra a rasgar a pele
O sol a queimar-me por dentro

Vai queimando
Não, Pára!
Abre os olhos!

Vive!...

segunda-feira, 12 de maio de 2008

"Luar"

O luar daquela noite
Olhava-me por entre as nuvens
Enquanto eu, Sozinha
Aliás, como sempre estou
O observava...

Muita gente me rodeia
Amigos, familia
mas, apenas uma
me acompanha de facto

Estando ou não, de corpo
A alma permanece ali
ao meu lado, dentro de mim...

Mas essa, fazendo já parte do eu
Como um só, não me impede,
Por mais que o deseje
De que me sinta, em momentos
Sozinha....

Ai a solidão! Bela companheira
De horas difíceis
Boa ouvinte
Que não julga
Apenas deixa ouvir,
No meio de tantos silêncios,
A voz da consciência...
Dona legítima da Razão

A lua continua a olhar-me
Mas agora de maneira diferente
Olhar condescendente
Misericordiosa
Para com a minha mortalidade

Deitada permaneço
Em silêncio...
Até que, segundos corridos
Algo me chama...
Algo não... Alguém

Olho, nada vejo
Apenas o som daquela voz
Me vai guiando
No escuro...

A passos largos
percorro aquele labirinto
de segredos
Onde me espero, um dia
Encontrar...

A mim e àquela voz
Que há muito me persegue
Doce perseguidor
Que anseio ver e tocar

Entregar-me àquele desconhecido
Que me completa...
Desconhecendo que o faz
De forma tão mágica
Tão envolvente



Safira

quarta-feira, 7 de maio de 2008

"Noite...menina"

Sentimentos perdidos
Numa névoa de desejo
Desejo que tenta acordar
Um coração já adormecido

Batidas fortes, dolorosas
Que me tentam alertar
Para um inferno escondido
Por entre rochas
Mudas...

Silêncio!
Que a noite para mim caminha
Ou melhor, avança, violenta...
Fatal

A brumas envolvem-me, quentes
Nos braços de um amante
Que não vê quem de facto sou,
Pois a noiite é tão ela própria
Escura
Triste
Fria
Cortante!

Durmo
Serena, ou apática
Indiferente...

Tento à força ignorar
Toda a podridão de mim
Todas as lágrimas cínicas
Que já fingi chorar...

Vergonhosa manipuladora
Eu mesma, tão eu...
Mas não tanto como poderia ou deveria ser...
Como quero mostrar

Mostrar a face por debaixo da máscara
A essência perdida num corpo já de outro
A alma de uma menina, pequena
Na sua grandeza de menina

Tão grande
Gloriosa pequenez!...


Safira

domingo, 4 de maio de 2008

"Chamamento"

Chama-me
Mas não te ouço
Pois a ternura vil
Daquela manhã
Enche-me de sonhos tristes

Chama-me
Pelo nome ou pela alma
Puxa-me para ti...
Envolve-me...

E quando a voz soa
Quente
Ferida
O tal chamamento não chega

Perde-se…


Safira